Baú Noturno

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Ao contemplar a lua cheia, as frondosas árvores alojadas entre os prédios sujos e empoeirados, permito-me descobrir a solidão.
Estar só e ser só.
Nuvens que trazem consigo gotas de chuva que por sua vez, ao cair, levam tudo pelo caminho. 
Lavam e mostram-me a imundice de ser vivo.
Minha alma...
Por ter-me acolhido e recolhido, a vida, a sós, me ensina o que eu não sei se quero saber;
Se quero viver desse modo.
Estou pesado em minha alma; Sendo peso na vida de outra pessoa que também tem seu peso, sua alma, seus anseios e dúvidas. 
Ser só, machuca.
Dói.
Amarga minha boca o cigarro que alivia o peso que o fumo carrega: a morte.
Quero um amigo.
Quero conseguir chorar.
Só viver e estar vivo não me basta. 

E acima de tudo, existe a lua. Plena, desejável na totalidade do seu não-ser, pesando em minhas escolhas e aliviando angústias as quais não sei se me deveriam existir nesse momento. 

"... Solidão é fera. Solidão devora."

Colo!






Dia 25 de maio, dos meus únicos 25 anos de vida.

Agradeço a todos que me proporcionaram a solidão desse dia.


Obrigado, meu amigo.

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