Lentamente tudo se ajeita. Cada canto é ainda estranho.
As paredes, as poeiras, os armários que, muito embora não existam, estão nos seus lugares.
As horas não acalentam. Mostram-me a vida que chega.
Há em todo período de hora, um em que a hora existe permanentemente periódica.
Há tanto desarranjo, tanto por experenciar. Mal passa um dia e passou já outro.
Nem a pausa e o contratempo. Nem o medo e a fúria.
O bocejo de infelicidade não é duradouro. Nada o é.
Silêncio é algo impossível, inacreditável. Quero deitar.
Porque tanta dúvida ao se desbravar o desconhecido, o já sabido? Será que é assim?
As horas, porque passam tão devagar e cruelmente? E há quem goste.
Tudo novamente me torna discrente de minhas certezas. Um ciclo natural é real e aceitável?
Tantos conflitos, tantas ofensas, tantos não pudores, quase morte.
A vida vai mostrando o quão flexível você é, somos, seremos, deveríamos parecer, fomos.
Gostaria de precisá-la, de decifrá-la, de saber algo além de todas as dúvidas que me têm no colo o me acariciam lentamente, pelas costas, por cima dos ombros.
Há amor no meu sorriso?
01/05/2013
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